domingo, 26 de junho de 2011

Delight.

Delírios são fragmentos de nós que se dispersam e se encontram, entrelaçando sentidos opostos de um mesmo contexto, contrariando as vontades e ao mesmo tempo satisfazendo-as.
É tão incontundente tudo o que vivemos que, sem darmos conta, nos entediamos de coisas fúteis, supérfluas, e passamos a resgatar as emoções à flor da pele, as loucuras em plena sanidade, as ilusões criadas e recriadas constantemente.
Alguns devaneios nos rondam, fazem renascer em nós o senso crítico, fortalecendo em cada um o dom de duvidar, desconfiar, questionar e, por que não, acreditar?!
Silenciosamente as dúvidas se calam, as luzes se apagam, e nossos questionamentos alheios são respondidos na quietude da alma, do coração. Todos nós temos um pouco de insanidade. Apenas não sabemos quando e como usá-la.

sábado, 25 de junho de 2011

Aos bons amigos.

Assim como o bom filho à casa torna, os bons amigos com a verdadeira amizade permanecem.
Ao longo do tempo você vai perceber que, mesmo com a distância, mesmo tendo que seguir rumos diferentes, que apesar da saudade, aquelas caras amizades prevalecem.
Aqueles que te levantam o astral com simples palavras e expressões, que mesmo nas piores situações, ao final, abriam o mais belo sorriso; aqueles que, ao invés de secar lágrimas, não as deixam cair; aqueles que curam sua "fossa" sem nem precisar beber um copo de cachaça (ou precisar de mais de um!); enfim, aqueles que mesmo distantes, mesmo tendo seguido rumos diferentes dos seus, continuam alí, firmes e fortes, abertos à sua amizade, mantendo o companheirismo, relembrando os velhos tempos, os bons e maus momentos e escrevendo novas histórias.
O tempo nunca é suficiente para quem está perto e sempre passa lentamente para os que estão longe, atiçando a necessidade de estar junto, de poder sorrir a uma distância mínima uns dos outros, deixando sempre acesa aquela vontade de mais, de um tempo que ainda não passou, não terminou.

Leaves.

Ao som do vento,  as folhas balançam, caem, descolorem-se.
Tornam-se nada mais do que folhas caídas no chão, que, à poucos instantes enfeitavam os longos braços de algumas árvores.
Renasçem, reconstituem-se, ocupam novamente seu devido lugar; floresçem, dando ao ar, a graça de vê-las novamente alí, mais coradas e irradiantes do que nunca!
Mas o som do vento, o seu sopro suave, insinua que, ao mais tardar, o seu toque manso irá sacudir, balançar, desfolhar novamente aquilo que se reconstitui tão calmamente, por etapas.
É justamente assim que acontece no dia-a-dia.
O vento irá soprar, você irá balançar. cair, desfolhar, descolorir, mas irá regenerar, reconstituir, ressurgir do vendaval ao qual um dia todos nós somos submetidos. Isso vai se repetir inúmeras vezes, mas ao final de tudo, saberá que ao amanhecer, floresçerá! :)

Moments.

É impossível ser feliz sozinho.
As pessoas constantemente buscam, tentam encontraguma maneira, algo ou alguém para lhes servir de apoio, inspiração, espelho; para se apegar sem dó, podendo isso durar por um instante, por toda vida, além da vida ou não durar.
A duração de um momento é uma questão de intensificação dos sentimentos, dos desejos, das vontades, das saudades, dos amores, das dores, das alegrias, das chegadas e partidas, enfim, uma série de fatores que desencadeiam a vivacidade do momento vivido ou espererado, tornando-o uma doce lembrança.
Memorável, algo que está armazenado em algum lugar de sua mente, em seu corpo, em objetos, em pessoas, que vem à tona só por lembrar, sentir, olhar, notar que o que passou fez total sentido e perdurou por momentos incansavelmente lembrados a qualquer hora ou lugar, dando espaço a uma saudade, a uma vontade de viver mais para que o resto dos dias tornem-se instigantemente memoráveis.