quarta-feira, 2 de novembro de 2011

De repente..

De repente você se nota pensando em todos os momentos em que viveu até agora, em todos os bons momentos. E como num 'flash', também se lembra daqueles que não valeram a pena, descartando qualquer possibilidade de retomar aquilo que já se passou.
De repente você não quer se dar conta de que o melhor de lembrar de tudo isso são as experiências, os marcos que ficarão pra sempre dentro e fora de você. Locais, momentos, pessoas, situações, enfim, tudo o que te resgata na memória os mais diversos instantes da sua vida.
É tão bom saber que você fez e faz alguém feliz. É tão bom saber que alguém te fez e te faz feliz. É tão bom ter com quem contar. E melhor ainda, ter quem conte contigo. As situações cotidianas às vezes nos separa daquilo que gostaríamos de fazer e de quem gostaríamos de ter, causando uma sensação de impotência, sem realmente ter o que fazer.
De repente, você percebe o tempo. Ah, o tempo! Esse sim tem muitas histórias pra contar e muitas a serem contadas. Ele sim poderá te encaixar naquilo que gostaria de fazer e com aqueles que gostaria de ter. O tempo te trará coisas inéditas, inclusive memórias. Ele saberá te introduzir em todo o espaço de tempo que puder e lhe for necessário.
Mas, de repente, você vê que o tempo te machuca, te fere, te traz trastornos, faz chorar, faz rir pra não chorar, te causa sensações intorpes e insensatas. E de repente você se da conta de que isso é coisa de tempo, é passageiro desse vagão inconstante que o tempo faz questão em transportar. Mas é preciso.
Na vida, infelizmente, não sabemos o tempo em que temos pra fazer aquilo que precisamos fazer, ou então, algo que nos questione no sentido de poder ou não, querer ou não. O tempo é uma metáfora que usamos para solidificar sentimentos, contestar pensamentos e ações, sugerir soluções e aproximar distâncias e pessoas. O tempo é eternidade e atemporal, é absolutamente incondicional.
E, por fim, de repente, você se vê crescendo, amadurecendo, se tornando um vagão de experiências desse tempo que passa de um  modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa!

Deixe o tempo.
De repente, se perder pode ser o melhor caminho!

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